Que é pra quando precisar


Eu
diria: Conte-me tudo – sentando junto a ti.

Eu diria: Fique aqui.

Eu sorriria leve, com disfarce aos dentes.
Eu diria: Não fique assim.
Eu completaria o amargo que sentes.
Eu faria movimentos.
Eu diria: Isso passa.
Sorriríamos juntos.
Eu diria: Chame-me, quando precisar.
Nos abraçaríamos (forte).

Assim, tão eu

Tão inverno na vivência do meu sol. Tão pequena sobre meus sonhos. Ousadia, temor e medo, tão junto, tão longe. Batidas aceleradas e recolhidas desse medo oportuno. Relógio que embaraça, adianta e atrasa. Pessoas tortas de vivência pouca e de mentes esquisitas ao redor. Assim vejo eu, nada solitária e tão só. Aflita e sem grandes sorrisos nos desfechos da alma pequena. Assim são os meus sonhos, guiados sem entender o paradeiro de seus destinos, continuamente... Assim, tão eu.


Me estabilizar, mesmo sem paradeiro.

Continuar equilibrando sobre as
poças maiores dos medos,
das possíveis derrotas.

O amor mantém você próximo

Ecoa o som da sua voz. Ouço os versos da nossa primeira música, e me lembro dos nossos lugares preferidos. Da boa risada no fim de domingo, do amor soando ao ouvido, do amor ao toque dos nossos corpos. Afinal, os sinais que você me provoca, me facilitam aos deslumbres da nossa paixão. E eu sou fã da nossa história, desde dos roteiros onde a vida nos deixou cair, mas eu me lembro que nesses vacilos sua mão segurava a minha. Por de trás do seu sorriso desvairado, um cais de lágrimas contida de um pequeno menino, se driblando as discórdias do mundo pra me ver feliz. Uma mecha de cabelo sobre o meu rosto caí e tão delicada suas mãos retira-as com leveza. Sua respiração funda contida no nosso abraço. O seu cheiro bom e as suas poucas palavras. O seu sentimento mais bonito, seu jeito atrapalhado de me fazer sorrir. Do desfecho dos dias de sol e dias chuvosos que passamos juntos. Na minha manhã fria e amarga, e das minhas caras estranhas, você por perto, sempre sorriu, e eu fico me perguntando por quê. Que mesmo namorados, uma amizade cria nas metáforas da nossa alma pequena. Ao longe se vê os nossos gostos, as nossas coisas em comuns, nosso futuro tão junto e o amor tão nosso. E tudo doce através da história que criamos. Invento-te mil apelidos carinhosos, e eu deixo que você me leve pra um lugar onde meus cabelos possam voar e onde podemos sorrir. E na volta sua mão na minha, e nossos corações em paz. Não quero idas rápidas, quero parar com você no “nosso tempo” sem pedir que o relógio pare. Te pedir pra voltar quantas vezes for necessário. Te ouvir dizer tudo e nada. Ouvir nossas risadas e perceber o bem que faz nossas memórias. E nesses sonhos quando deito você me parece com a pele alva, com olhar de menino, e com o mesmo sorriso desvairado, calibrando sobre sua timidez ousada. E vem me encontrar sem despedidas, dizendo ser sua e que jamais me deixaria.

O meu eu

Imagino. Rio sozinha e sou do “bom” agrado. Começo histórias sem dia previsto para fins. Modifico pensamentos. Sonho alto com a terrível sensação do medo de não concretizá-los. Quem me vê assim há de pensar que eu não tenha “falta de confiança em mim mesmo”. Pois bem, eu tenho. Embora, seja um “medo” terrível. Observo o que as pessoas têm de melhor e prefiro a ausência daquelas que detêm coisas não favoráveis. Gosto das palavras boas e “atoas” (somente as que me tiram bons sorrisos). Nada de pressa, um tanto não organizada, e adoraria usar um óculos de aro vermelho. Posso ouvir você contar de todos os seus sonhos e compartilharia todos os meus. Gosto da timidez, e inteligência me atrae. E gostaria de reunir esse tanto de “eu” em um dia só, e ouvir a boa música. Sou um tanto sem sentido, porque resolvo mudar sem deixar de ser quem eu sou, quase sempre. No meu “eu” cabe tanta coisa, porém sou constante devido às mudanças. E uma abundância de indecisão. Já escrevi um texto sobre “alguns poréns” e lá eu relato bem do que eu gosto e de fato me fazem um bem muito grande. E nos desvios e caminhos pode ser que eu goste, ou não. Que eu me magoe ou fique muito feliz. O que eu mais tenho pra mim é planos e sonhos, o resto eu faço e algumas são do meu “agrado”. Humanos e sonhos sempre me vem como duas palavras fortes e não me pergunte por quê. Talvez pra mim mesma, quem sabe eu consiga responder. Não me visto de outras faces, mas tenho bastante coisa em comum com muita gente, então não venha dizer que eu sou completamente diferente. Costumo tentar entender as pessoas. Não sou engraçada, tiro bons sorrisos de quem me têm por perto e isso no máximo seria uma pessoa extrovertida. Gosto sim de sorrisos abertos e de rir até a barriga doer. E me descrever assim não seria nenhum “propósito”. Mas eu não sei por quê também. Meu “eu” espontâneo chega a ser confuso, mas creio que é do bom “agrado”. E quando eu me silencio é pra não expor os amargos da alma.