Desabafo

Ah, não é fácil se sentir isolada, se sentir vaga, mesmo tendo tantas pessoas que vivem por você ao seu lado. É procurar por respirar e só me sobra um coração apertado sem dizer por quê. E eu finalmente me entreguei à aquelas lágrimas que despojaram sobre aquele lençol branco da minha cama. Se as forças das minhas mãos me segurava talvez fosse força de dentro, do fundo. Aquele vazio, aquela sombra que me acompanhava. Quanto temor batia à minha porta. Discando várias vezes o número de alguém pra conversar... perdi forças. Não que seja falta de amor, não que seja falta de carinho e nem de amigos. Não é falta de nada, absolutamente nada. Digo realmente: "é comigo mesma". É um frio que bateu. Sim aqueles dias terríveis, assombrados, que parecem não fugir. Eu exatamente não consigo entender essa espontâniedade, da sensibilidade frágil que me sustentou. Eu apenas existi, sem me reconhecer. Nada iria entender e fazer com que eu entendesse, era mesmo aqueles dias de tamanha vontade de sair correndo. Me fugia de mim, estava perto... longe. "Ah vida, você nem é mesmo fácil." Mas como mesmo dizem, "amanhã é outro dia". E eu desejei muito o hoje, o dia de "amanhã". Desejei profundamente que amanhecesse e que fugisse de mim tudo que me sufocava. E pensava assim, só em continuar. Acordei disposta a sorrir, disposta a lutar contra o fundo do meu peito que teimava em sentir frágil oura vez. Hoje comecei a existir. Sorri, e estou bem melhor. Adorei o fim de tarde no banco da praça, sorrindo por sinal, ao lado dele... William, por quem me segurou forte e disse que me entendia e que compartilharia qualquer dia, qualquer sorriso que fosse ao meu lado, pra me deixar feliz. Então começo a me sentir bem, mesmo com todos os desafios que me esperam.

1 comentários:

Anônimo disse...

Se encontre!
Só um aviso.

mas se quiser se perder ainda mais, não faz mal tambem !

kiss

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